O Reintegracionismo e a Normalizaçom no dia dos direitos linguísticos.

1.-O Reintegracionismo nom esteve, nem está, nem deve estar necessariamente circunscrito a qualquer norma escrita específica nem cingir-se exclusivamente à questom normativa. A língua, sobretudo, fala-se e é um instrumento social. Por ser social é um artefacto cultural. Por ser um bem social, colectivo, é o conjunto de falantes quem o realiza e o demarca. O Reintegracionismo deve habilitar-se e reivindicar-se a si próprio como um instrumento ao serviço da comunidade de falantes.
2.-O Reintegracionismo é uma táctica intimamente ligada ao Movimento de Normalizaçom linguístico assim como a diversos postulados que têm visado a Regeraçom cultural, social e política da Galiza.
3.-O Reintegracionismo deve evitar vincular-se nominalmente a qualquer opçom partidária, sendo respeituoso com todas elas e preservar-se como transversal na sociedade galega.
4.-O Reintegracionismo é uma óptica que deverá fornecer terapias para a normalizaçom de usos -o status- da língua da Galiza, assim como para a planificaçom e habilitaçom do seu corpus.
5.-O Reintegracionismo deve priorizar o consenso quanto à normalizaçom linguística com uma postura leal dentro de um sentido incondicionalmente crítico.
6.-O Reintegracionismo deveria ser beligerante com posturas sectárias que procurarem mediatizá-lo como apêndice de qualquer linha partidista, assim como aquelas que manifestarem irreflexivamente desrespeito por outras opçons do Movimento de Normalizaçom, dentro de um marco de livre discrepância.
7.-O Reintegracionismo nom deveria deslegitimar GRATUITAMENTE opçons como a Norma oficial nem as pessoas que a defenderem. Muito pelo contrário: a) implementará sempre uma análise induvitavelmente crítica baseada no seu compromiso histórico com a regeneraçom de usos e b) reivindicará o seu papel de oposiçom discrepante, enriquecedora e vigilante com o processo de padronizaçom levado desde instâncias oficiais e sociais.
8.-O Reintegracionismo historicamente defendeu opçons normalizadoras que vam para além de escolhas normativas, pelo que deveria celebrar a posta em prática de todas aquelas propostas que favorecerem o avanço do Movimento de Normalizaçom e das posiçons reintegracionistas dentro deste.
9.-O Reintegracionismo deveria postular sempre soluçons de máximos dentro do que organicamente e socialmente seja realizável, sendo ciente de que nom há uma só via, unívoca, para a normalizaçom e a reintegraçom linguística e cultural, e que as previsons temporais para planificaçom quase sempre som inexactas.
10.-O Reintegracionismo deveria aceitar a realidade como ela é, sem escapismos nem sectarismos. Deveria deixar de admitir como combustível o vitimismo e a auto-marginalizaçom. É a realidade a que nos leva a agir como compromisários do Reintegracionismo e, portanto, do Movimento de normalizaçom. Negá-la, converteria o Reintegracionismo num simples exercício de contra-poder academicista e classista.