Os de Arteixx segundo o "Manuxx Galexx de 'Estixx'"

Pois estivem a lhe dar uma vista de olhos ao flamante "Manuxx de Galexx de 'Estixx'"... e sem acritudes desnecessárias semelha um remix da "gramática galega" e do "prontuário ortográfico galego", e pela sua presbiopia, e até pela semântica, isso sim: nitidamente nacional-popular.

Lamentavelmente não cheguei aos detalhes uma vez que a barriga não podia aguentar a dor de tanto rir. Não discuto que vá ser uma boa ferramenta de uso para os utentes da norma da AGAL, e agradeço e parabenizo o trabalho feito, mas há questões simbólicas que não fazem justiça ao conjunto e que não fazem mais do que evidenciar a falta de atenção que lhes merece aspectos como os nomes dos mortos, das instituições públicas e/ou privadas, o uso da linguagem não sexista... e os gentílicos.

No caso da vila em que nasci, para "os de Arteijo" é proposta como opção preferente a solução
"Arteijana, Arteijano" e como opção secundária a de "Arteijao, Arteijá". E fico admirado da ignorância desta gentinha. Como podem prescrever estilo, e ignorar de tal maneira a realidade dos falantes?

1º O gentílico que se usa em galego na vila é acabado, quer em masculino, como em feminino /'aN/ sem nenhum género de dúvidas.
2º Na maioria dos casos substitue-se por "os de Arteijo" "as de Arteijo"
3º Na escrita usa-se na norma oficial, a distribuição genérica "Arteixán""Arteixá"
4º A solução proposta pelo Manual é a seguida pela extrema direita local, incluído o manual de "estilo" de la Voz, quando se exprime em espanhol "Arteixano", "Arteixana", e só na escrita. No falar usam-se apenas as opções 1, 2 e 3.
5º Mais uma vez a melhor opção continua a ser usar a ortografia tradicional reintegrada no diassistema luso-brasileiro à hora de representar os falares tradicionais:
Arteijão-Arteijã
pronunciado conforme os usos coloquiais dos morfemas em questão.
E ponto.

PS
Se não acreditam, usem o Google, usem! XD