um caso real

1)Suponhamos um simpatizante do partido para-popular: camisa azul com as iniciais bordadas, barriga generosa... bom, o correspondente contemporâneo de... quer dizer, mais bem um aspirante a o D. Celidónio de hoje; é sabido, mais louro que os louros, como os tingidos então.
2)O caso é que deixa o seu carro estacionado no mesmo espaço em que o deixa o seu chefe, o Sr. Presidente da Câmara Municipal, que tanto admira e que tanto anelaria emular num futuro próximo: é quase tão mediocre como ele. A posição é simples de imaginar: patinhas dianteiras do carro na cima de uma passadeira(onde costuma cruzar a rua os vizinhos, como se sabe), patinhas de atrás impedindo a caprichosa saída que ali está(por onde os vizinhos tencionam sair com os carros da sua garagem).
3)Chega a polícia local e faz o que na partida faz a qualquer cidadão de carro velho e mau, pegar na caneta e versar a sanção... quando chega o nosso protagonista e exige uma explicação "¡a ver que va a ser esto!¡que estoy en el local del partido, joder!". O agente faz o que tem a fazer, guarda o que estava a escrever, indica ao nosso querido que faça o favor de ocupar por completo a passadeira, para assim os vizinhos poderem sair e não andarem a telefonar(que chatice!), e acaba-se o tema: vão embora.
4)Assim o aspirante a Celidónio, resignado, move ligeiramente o seu carro para a frente, ocupando a passadeira e a esquina(mesmo onde mais accidentes há no bairro por falta de visibilidade). Eis a diferença entre ele o alcaide, aquele não o moveria(aparte de ter um carro que multiplica por 20 o seu valor).
Conclusões, possíveis:
a)Como vai perceber um político a falta de estacionamentos da gentinha?
b)Há que dar a licença de estacionamento de minusvalidos a quem verdadeiramente o merece, não essa gente que tunea o carro por dentro pela graça de conduzir apenas com as mãos, o com uma só.
Estes são os verdadeiros impedidos.